Salve, Buteco! Segundo a IA do Google, "Um clássico de futebol, no sentido geral, é um confronto entre duas equipes que, por tradição histórica, rivalidade intensa, prestígio ou impacto cultural, ganham um significado que transcende a partida em si. É um encontro que, para além do resultado, gera um sentimento de expectativa, paixão e emoção em grande parte da torcida."
Na opinião de vocês, seguindo ao pé da letra esse conceito e, portanto, sob uma perspectiva mais criteriosa, segundo a qual não é qualquer confronto entre clubes grandes que pode ser considerado como tal, Flamengo x Palmeiras é um clássico?
Depois de quatro finais por competições oficiais (1 Mercosul, 1 Libertadores e 2 Supercopas do Brasil), ou seja, duas internacionais e duas nacionais; quatro cruzamentos pela Copa do Brasil, forte rivalidade atravessando décadas entre as torcidas organizadas e a disputa pelo protagonismo no futebol brasileiro pelo menos desde 2016, eu arrisco dizer que, sim, trata-se de um clássico, sem a menor sombra de dúvida, que não tem um nome próprio (como Fla-Flu, Clássico dos Milhões, derby paulista ou choque-rei) porque a cultura de rivalidades estaduais ainda é prevalente (só não sei até quando).
Um dado interessante é que o Palmeiras talvez seja o clube mais bem sucedido do Brasil em confrontos diretos (clássicos ou não) disputados entre os chamados grandes do futebol brasileiro, a ponto de ter desvantagem unicamente contra o Internacional. Em termos de distância entre vitórias e derrotas, o Flamengo é o terceiro clube que está mais próximo de igualar ou reverter a vantagem alviverde (5v - 131j, 49d, 38e e 45v), atrás apenas do São Paulo (1v) e do Cruzeiro (2v).
No caso do Mais Querido, a distância já foi maior. A Geração/2019 se encarregou de diminui-la um bocado e agora a reversão das estatísticas já não parece mais inviável, até porque o desempenho rubro-negro na Allianz Arena vem sendo muito bom, com apenas duas derrotas desde 2016, tendo a última delas, em 2024 (Palmeiras 1x0), resultado na nossa classificação para as quartas de final da Copa do Brasil.
Ocorre que, dentre todos esses jogos disputados em São Paulo desde o confronto de 2017 (Palmeiras 2x0), somente em uma ocasião (2020) o Palmeiras chegou mais inteiro e ostentando claramente a condição de favorito, tal como ocorrerá amanhã, e mesmo assim é preciso relevar que, em 2020, o Flamengo chegou totalmente depauperado pelo surto de Covid-19 no elenco (ainda assim, não foi derrotado - 1x1).
Será que o Mais Querido conseguirá ampliar para 8 anos a sua invencibilidade contra o Palmeiras em São Paulo por jogos pelo Campeonato Brasileiro?
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No bate-papo do post de ontem comentei sobre a complexidade da tarefa que tem o nosso treinador para escalar o meio de campo amanhã. Nas posições mais defensivas, apenas o jovem 52 e Gérson estão disponíveis entre os jogadores da "rotação normal", já que Erick Pulgar, Allan e Nico de la Cruz estão entregues ao Departamento Médico.
A contratação de jogadores sem histórico relevante de lesões deveria passar a ser uma diretriz inflexível do nosso Departamento de Futebol. Observem que, entre esses meiocampistas lesionados, que acabei de citar, apenas Erick Pulgar se enquadraria no critério, o que diz muita coisa.
O xadrez tático de amanhã passa pela escolha dos nomes do meio para frente. Se não há dúvida acerca de quem deve formar a linha defensiva, no meio e no ataque as escolhas não parecem ser tão simples, muito menos óbvias. 52, Gérson e Arrasca é o trio óbvio, até pela falta de opções, e Luiz Araújo parece ser a única unanimidade no ataque.
A escolha das duas outras peças é que se mostra complicada. Com Pedro e/ou Cebolinha, o time ganha em qualidade técnica, mas perde em capacidade física, enquanto que com Bruno Henrique e/ou Michael ocorre exatamente o contrário. Para mim o tema está longe de ser um cavalo de batalha, à exceção da pouca minutagem da base. Só quero que dê certo.
SuperFili terá, inevitavelmente, que escolher projetando substituições no segundo tempo. E é nesse aspecto que, na minha opinião, reside o favoritismo palmeirense. Dispondo de um elenco muito mais "inteiro" e com menos afastamentos por lesão, o histriônico, porém competente treinador palmeirense contará com mais opções para mexer na etapa final.
Terá que ser um jogo de superação para o Flamengo. Não dá para cogitar ficar 7 pontos atrás na tabela de classificação. Contudo, apesar do cenário desvantajoso, vejo uma luz no fim do túnel e quem ilumina o caminho é a base, tal como em 2020...
Coragem, SuperFili! Mostre o seu DNA rubro-negro!
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Mandem aí as suas escalações.
O Ficha Técnica subirá ao raiar do sol e a palavra, como sempre, está com vocês.
Bom FDS e SRN a tod@s.